Conheça as novas profissões que surgem com a internet

11/02/2015 15:50

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Webdevelopper, trafficker, gestor de usabilidade. Provavelmente, você nunca ouviu falar desses profissionais e os nomes podem soar estranhos ao ouvido. Eles fazem parte de uma turma numerosa e diversificada cada vez mais presente no nosso dia a dia. É pelas mãos deles que passa tudo o que se relaciona com internet. A expansão dos sites e das formas de acesso à web demanda novas funções e especialidades que se multiplicam. No mundo dos bits e bytes, profissões se misturam e outras surgem. Na área, a oferta de vagas é abundante e, por isso, os salários são atrativos.
Julie Reichert, Ana Lúcia Migowski da Silva e Natália Franciele de Oliveira são alguns rostos deste novo mercado. As três compartilham as alegrias e as dificuldades de exercer uma profissão — arquitetura da informação — que ainda é uma grande desconhecida para a maioria das pessoas, mas que já está por trás da maneira como usamos a internet. Julie é professora do curso de Comunicação Digital da Unisinos. Ana Lúcia e Natália foram alunas da graduação. 
— Tem que ser autoditada para aprender um pouco sobre as demandas diferenciadas de clientes em áreas variadas. Um dia a gente procura entender o funcionamento de um hospital e no outro precisa compreender a dinâmica de um banco — conta Natália.
Muitas profissões já navegavam na internet, mas agora estão completamente mergulhadas nela. 
— Quem atuava em uma determinada área, agora precisa mudar o seu jeito de pensar para atender a um público exigente. Além isso, a concorrência que antes se mapeava por um bairro ou uma cidade, passa a ter caráter mundial — analisa Robinson Klein, presidente da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro-RS).
Com as pessoas mais conectadas, as empresas necessitam de profissionais com habilidade para fazer a ponte entre realidades antes tão distantes e agora tão próximas. A mobilidade e a quebra de fronteiras fizeram de cursos como os de desenvolvimento de aplicativos de web convergentes — que funcionam em tablets e em smartphones — e os que envolvem cloud computing (computação nas nuvens) figurar entre os preferidos dos jovens, de acordo com Leandro Krug Wives, professor do Instituto de Informática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). 
Quem já tinha estrada profissional antes de sonhar com a comunicação online não perdeu a vez. Há atividades que surgiram justamente para integrar veteranos às novas realidades. O coa-ching digital, conforme Nilton Waine, empresário e coordenador do Instituto Login, ajuda profissionais a montarem um plano de estudos personalizado para a utilização da tecnologia. 
Se muitas profissões praticamente se extinguiram depois que a rede mundial modificou a forma como as pessoas se relacionam, outras se transformaram completamente e não deixaram de se fazer essenciais para o dia a dia das empresas. 
— Há muitas especializações voltadas para a internet. Há o cinegrafista que aprendeu a lidar com outras ferramentas e descobriu que vídeos mais curtos atraem mais a atenção do internauta. Até o vendedor de anúncios aprendeu a diferença de linguagem na nova mídia — explica Ricardo Basaglia, diretor-executivo da Michael Page, multinacional da área de recrutamento profissional. 

Fonte - Estácio

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